
A República de Malta é um pequeno país europeu, composto por um arquipélago de cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km ao sul da ilha da Sicília, a sudoeste da Itália, e a 290 km ao norte da Líbia, na África. O arquipélago maltês está encravado no centro do Mediterrâneo. As terras mais próximas são todas sicilianas / italianas: a grande ilha da Sicília a norte, as ilhas Pelágias a oeste e a ilha de Pantelleria a noroeste. Sua capital - situada na ilha de Malta - é La Valetta. As cinco ilhas do arquipélago maltês são: Malta, Gozo, Comino e duas ilhotas desabitadas Cominotto e Filfla, as quais, no total, têm superfície de 316 km² e abrigam uma população estimada em 400 214 habitantes (agosto 2006).
Malta passou a fazer parte da UE a partir de 2004.
Índice[esconder]
1 História
2 Política
3 Subdivisões
4 Geografia
5 Economia
6 Demografia
7 Cultura
8 Malteses famosos
9 Veja também
10 Ligações externas
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[editar] História
Ver artigo principal: História de Malta
Templo neolítico de Mnajdra.
Malta está habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que batizaram a ilha principal Malat, o que significa refúgio seguro. Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do sul da Itália.
Por volta do ano 1000 a.C., as ilhas eram uma colônia fenícia. Em 736 a.C., foram ocupadas pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.) e depois dos romanos (218 a.C.), quando recebeu o nome Melita. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje.
Com a divisão do Império Romano em 395 d.C., a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A influência árabe pode ser encontrada na moderna língua maltesa, uma língua fortemente romanizada que originalmente deriva do árabe vernacular.
Em 1090, o conde Rogério (ou Roger) da Sicília conquistou Malta e submeteu-a às suas leis até ao século XVI. Foi nesta época que foi criada a nobreza maltesa. Esta ainda permanece hoje em dia, e há 32 títulos que ainda são usados, sendo o mais antigo: Barões de Djar il Bniet e Buqana. Após a conquista pelos normandos da Sicília, Malta voltou a ser cristã. Depois de ser anexada ao reino da Sicília, Malta foi recuperada por forças muçulmanas. Em 1245, Federico II de Hohenstaufen expulsou os árabes e em 1266 as ilhas, junto com a Sicília, passaram ao domínio de Carlos I de Anjou, que as cedeu em 1283 a Pedro III de Aragão.
Caindo em mãos dos reinos espanhóis de Aragão e Castela, foi submetida então à Espanha. Em 1518, sob o império de Carlos V, foi concedida aos cavaleiros de Rodes.
Em 1530, as ilhas foram cedidas pela Espanha à Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém - uma ordem religiosa e militar pertencente à Igreja Católica -, que tinham sido expulsos de Rodes pelo Império Otomano. Esta ordem monástica militante, hoje conhecida como "Ordem de Malta", foi sitiada pelos turcos otomanos em 1565, após o que acrescentaram as fortificações, especialmente na nova cidade de Valetta. Os Cavaleiros de São João de Jerusalém governaram as ilhas até o século XIX.
Em 1798, Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta, e a Grã-Bretanha aí se instalou desde 1800, quando o comandante francês, o general Claude-Henri Belgrand de Vaubois, se rendeu. Os britânicos instalaram uma base estratégica na região que teve importância vital durante a Segunda Guerra Mundial. O país foi apresentado por vários líderes malteses a Sir Alexander Ball.
Em 1814, como parte do Tratado de Paris, Malta tornou-se oficialmente parte do Império Britânico como colônia e passou a ser usada como porto de escala e quartel-geral da frota até meados da década de 1930. Malta desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua proximidade às linhas de navegação do Eixo e a coragem do seu povo, que resistiu ao assédio de alemães e italianos, levou à atribuição da George Cross, que hoje pode ser vista na bandeira do país.
O arquipélago passou a ser autonomamente governado em 1947. Em 1955 Dom Mintoff (Dominic Mintoff), líder do Partido Trabalhista de Malta (PTM), tornou-se no primeiro-ministro. Em 1956 o PTM propôs uma nova integração no Reino Unido, proposta que viria a ser aceite em referendo, mas com a oposição do Partido Conservador, liderado por Giorgio Borg Olivier. Em 1959 revogaram a autonomia, mas voltaram a restaurá-la em 1962. Em 21 de Setembro de 1964, Malta se tornou totalmente independente e se converteu em membro das Nações Unidas. A altura, aderiu à Commonwealth e celebrou uma aliança com o Reino Unido de ajuda económica e militar. Segundo a constituição de 1964, Malta manteve como soberano a rainha Elizabeth II, e um governador-geral exercia autoridade executiva em seu nome.
De 1964 a 1971 Malta foi governada pelo Partido Nacionalista. Adotou, em 13 de Dezembro de 1974, o regime republicano dentro da Commonwealth, com o Presidente como chefe de estado.
Embora Malta seja inteiramente independente desde 1964, os serviços britânicos permaneceram no país e mantiveram um controle total sobre os portos, aeroporto, correios, rádio e televisão. Em 1979, Malta rompeu a aliança com o Reino Unido e os britânicos evacuaram sua base militar, pondo fim a 179 anos de presença na ilha. Isso aconteceu depois de o governo britânico se ter recusado a pagar uma renda mais elevada, o que era pretendido pelo governo maltês do tempo (trabalhista), para permitir que as forças britânicas permanecessem no país. O primeiro-ministro era, então, Dominic Mintoff. Malta ficou nesse momento livre de bases militares estrangeiras pela primeira vez na história. Este acontecimento é hoje celebrado como o Dia da Liberdade.
Em 1976, o Partido Trabalhista regressou ao Poder, mas com uma maioria reduzida. Desenvolveu uma política de amizade com a China e com a Líbia. A década de 1970 caracterizou-se pelo enfraquecimento das relações com o Ocidente e pela aproximação com os regimes comunistas. Em 1984 Mintoff retirou-se e foi substituído por Mifsud Bonnici, novo líder do seu partido. A política de aproximação com os regimes comunistas sofreu mudança substancial em 1985, com o estabelecimento de um acordo com a Comunidade Econômica Européia.
Em 1987, o Partido Nacionalista, mais voltado para o Ocidente e com uma política de aproximação à União Europeia, venceu as eleições para a Câmara de Representantes, pondo fim a 16 anos de domínio do Partido Trabalhista. Edward Fenech Adami foi eleito primeiro-ministro. Em Dezembro de 1989, Malta foi o local escolhido para um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, George Bush, e o presidente da ex-União Soviética, Mikhail Gorbachev. Em Outubro de 1990, o país solicitou formalmente a adesão à União Europeia. Nas eleições de 1992, os nacionalistas derrotaram novamente seus opositores. A política governamental continuou a ser de liberalização, e foram realizadas diversas reformas de ordem económica, com vistas a tornar o país um membro da União Europeia. O arquipélago está incluída no grupo de 10 países que no dia 1 de Maio de 2004 integraram formalmente a União Europeia.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política de Malta
[editar] Subdivisões
Conselhos de Malta
Ver artigo principal: Conselhos locais de Malta
Malta está subdividida desde 1993 em 68 conselhos locais ou localidades. Esta é a forma mais básica de divisão administrativa, não existindo níveis intermédios entre o nível nacional e os conselhos locais. A seguinte lista está dividida por ilha:
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia de Malta
Malta tem um clima mediterrâneo, com invernos amenos, verões quentes e secos, e chuvas de 510 mm em média. Cerca de 40% da terra é cultivada, principalmente com trigo, batata, tomate e vinhas. O turismo é uma das principais fontes de renda.
Maquinaria, bebidas, tabaco, flores, vinhos, artigos de couro e batatas representam as principais exportações.
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia de Malta
Malta produz apenas 20% das reservas alimentares que consome, tem recursos de água potável limitados e nenhuma fonte de energia doméstica. Adivinha-se assim uma economia marcada pela dependência externa e de importações, sendo que a manufatura eletrônica e têxtil, e o turismo são as suas principais fontes de rendimento.
A preparação para a sua entrada na União Européia processou-se por trâmites relativos à privatização de empresas estatais e à liberalização da economia de mercado. O país permanece, contudo, dividido quanto à adesão à UE, já que a insistente crise econômica mundial tem atrasado o ritmo das exportações, turismo e crescimento geral.
A economia maltesa é baseada na indústria, no comércio e nos serviços financeiros que melhoram significativamente a economia do país. Malta tem grandes recursos tecnológicos. Assim, por estar localizada entre África e Europa, possui comércio de alto nível, com joalherias, bancos e restaurantes. As principais indústrias de Malta são a alimentícia, a eletrônica, a naval, a calçadista, a têxtil e a pesqueira, além de haver serviços financeiros na capital e nas principais cidades. A moeda oficial era a lira maltesa, até dezembro de 2007. O Euro foi adotado como moeda oficial do país em 1 de janeiro de 2008. Estima-se que o Euro fará com que a economia maltesa cresça 12% ao ano, superando as taxas de crescimento de China, Coréia do Sul e Índia, além disso, o governo tenta liberar a exploração e o refino do petróleo. Devido ao seu limitado tamanho (316 km²) o país não tem espaço suficiente para a agricultura, sendo obrigado a importar vários produtos agrícolas. A previsão é de que a economia maltesa cresça 7,8% em 2007.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia de Malta
A população de Malta está estimada em 399 867 pessoas que são, na sua grande maioria, habitantes das áreas urbanas. Etnicamente, 95% são naturais de Malta e os restantes são ingleses ou descendentes de italianos, além de alguns italianos e espanhóis. Malta é um dos países com maior densidade populacional do mundo, com cerca de 1,265 habitantes por quilómetro quadrado. As línguas oficiais são o inglês e o maltês.
Demografia de Malta, ano de 2005; Número de habitantes em milhares.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura de Malta
[editar] Malteses famosos
Os principais malteses famosos são:
Girolamo Abos (1715-1760) - compositor
Giuseppe Abos (1708-1776) - compositor
Eddie Fenech Adami (1934-) - primeiro-ministro, presidente (2004-)
Mario Azzopardi (1950-) - diretor
Agatha Barbara (1923-2002) - presidente
Paul Boffa (1890-1962) - primeiro-ministro
Joe Borg (1952-) - político
George Borg Olivier (1911-1980) - primeiro- ministro
Ruzar Briffa (1906-1963) - poeta
Francesco Buhagiar (1876-1934) - primeiro- ministro
Giuseppe Calì (1846-1930) - pintor
Charles Mario Camilleri (1931-) - compositor
Enrico Mizzi (1885-1950) - primeiro-ministro
Edwige Fenech (1948-) - atriz
Dom Mintoff (1916-) - político
F. V. Schira - compositor
Ira Losco - cantora
Immanuel Mifsud - autor
Joe Sacco (1960-) - cartonista
Michael Mifsud (1981-) - futebolista
Malta passou a fazer parte da UE a partir de 2004.
Índice[esconder]
1 História
2 Política
3 Subdivisões
4 Geografia
5 Economia
6 Demografia
7 Cultura
8 Malteses famosos
9 Veja também
10 Ligações externas
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[editar] História
Ver artigo principal: História de Malta
Templo neolítico de Mnajdra.
Malta está habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que batizaram a ilha principal Malat, o que significa refúgio seguro. Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do sul da Itália.
Por volta do ano 1000 a.C., as ilhas eram uma colônia fenícia. Em 736 a.C., foram ocupadas pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.) e depois dos romanos (218 a.C.), quando recebeu o nome Melita. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje.
Com a divisão do Império Romano em 395 d.C., a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A influência árabe pode ser encontrada na moderna língua maltesa, uma língua fortemente romanizada que originalmente deriva do árabe vernacular.
Em 1090, o conde Rogério (ou Roger) da Sicília conquistou Malta e submeteu-a às suas leis até ao século XVI. Foi nesta época que foi criada a nobreza maltesa. Esta ainda permanece hoje em dia, e há 32 títulos que ainda são usados, sendo o mais antigo: Barões de Djar il Bniet e Buqana. Após a conquista pelos normandos da Sicília, Malta voltou a ser cristã. Depois de ser anexada ao reino da Sicília, Malta foi recuperada por forças muçulmanas. Em 1245, Federico II de Hohenstaufen expulsou os árabes e em 1266 as ilhas, junto com a Sicília, passaram ao domínio de Carlos I de Anjou, que as cedeu em 1283 a Pedro III de Aragão.
Caindo em mãos dos reinos espanhóis de Aragão e Castela, foi submetida então à Espanha. Em 1518, sob o império de Carlos V, foi concedida aos cavaleiros de Rodes.
Em 1530, as ilhas foram cedidas pela Espanha à Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém - uma ordem religiosa e militar pertencente à Igreja Católica -, que tinham sido expulsos de Rodes pelo Império Otomano. Esta ordem monástica militante, hoje conhecida como "Ordem de Malta", foi sitiada pelos turcos otomanos em 1565, após o que acrescentaram as fortificações, especialmente na nova cidade de Valetta. Os Cavaleiros de São João de Jerusalém governaram as ilhas até o século XIX.
Em 1798, Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta, e a Grã-Bretanha aí se instalou desde 1800, quando o comandante francês, o general Claude-Henri Belgrand de Vaubois, se rendeu. Os britânicos instalaram uma base estratégica na região que teve importância vital durante a Segunda Guerra Mundial. O país foi apresentado por vários líderes malteses a Sir Alexander Ball.
Em 1814, como parte do Tratado de Paris, Malta tornou-se oficialmente parte do Império Britânico como colônia e passou a ser usada como porto de escala e quartel-geral da frota até meados da década de 1930. Malta desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua proximidade às linhas de navegação do Eixo e a coragem do seu povo, que resistiu ao assédio de alemães e italianos, levou à atribuição da George Cross, que hoje pode ser vista na bandeira do país.
O arquipélago passou a ser autonomamente governado em 1947. Em 1955 Dom Mintoff (Dominic Mintoff), líder do Partido Trabalhista de Malta (PTM), tornou-se no primeiro-ministro. Em 1956 o PTM propôs uma nova integração no Reino Unido, proposta que viria a ser aceite em referendo, mas com a oposição do Partido Conservador, liderado por Giorgio Borg Olivier. Em 1959 revogaram a autonomia, mas voltaram a restaurá-la em 1962. Em 21 de Setembro de 1964, Malta se tornou totalmente independente e se converteu em membro das Nações Unidas. A altura, aderiu à Commonwealth e celebrou uma aliança com o Reino Unido de ajuda económica e militar. Segundo a constituição de 1964, Malta manteve como soberano a rainha Elizabeth II, e um governador-geral exercia autoridade executiva em seu nome.
De 1964 a 1971 Malta foi governada pelo Partido Nacionalista. Adotou, em 13 de Dezembro de 1974, o regime republicano dentro da Commonwealth, com o Presidente como chefe de estado.
Embora Malta seja inteiramente independente desde 1964, os serviços britânicos permaneceram no país e mantiveram um controle total sobre os portos, aeroporto, correios, rádio e televisão. Em 1979, Malta rompeu a aliança com o Reino Unido e os britânicos evacuaram sua base militar, pondo fim a 179 anos de presença na ilha. Isso aconteceu depois de o governo britânico se ter recusado a pagar uma renda mais elevada, o que era pretendido pelo governo maltês do tempo (trabalhista), para permitir que as forças britânicas permanecessem no país. O primeiro-ministro era, então, Dominic Mintoff. Malta ficou nesse momento livre de bases militares estrangeiras pela primeira vez na história. Este acontecimento é hoje celebrado como o Dia da Liberdade.
Em 1976, o Partido Trabalhista regressou ao Poder, mas com uma maioria reduzida. Desenvolveu uma política de amizade com a China e com a Líbia. A década de 1970 caracterizou-se pelo enfraquecimento das relações com o Ocidente e pela aproximação com os regimes comunistas. Em 1984 Mintoff retirou-se e foi substituído por Mifsud Bonnici, novo líder do seu partido. A política de aproximação com os regimes comunistas sofreu mudança substancial em 1985, com o estabelecimento de um acordo com a Comunidade Econômica Européia.
Em 1987, o Partido Nacionalista, mais voltado para o Ocidente e com uma política de aproximação à União Europeia, venceu as eleições para a Câmara de Representantes, pondo fim a 16 anos de domínio do Partido Trabalhista. Edward Fenech Adami foi eleito primeiro-ministro. Em Dezembro de 1989, Malta foi o local escolhido para um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, George Bush, e o presidente da ex-União Soviética, Mikhail Gorbachev. Em Outubro de 1990, o país solicitou formalmente a adesão à União Europeia. Nas eleições de 1992, os nacionalistas derrotaram novamente seus opositores. A política governamental continuou a ser de liberalização, e foram realizadas diversas reformas de ordem económica, com vistas a tornar o país um membro da União Europeia. O arquipélago está incluída no grupo de 10 países que no dia 1 de Maio de 2004 integraram formalmente a União Europeia.
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Ver artigo principal: Política de Malta
[editar] Subdivisões
Conselhos de Malta
Ver artigo principal: Conselhos locais de Malta
Malta está subdividida desde 1993 em 68 conselhos locais ou localidades. Esta é a forma mais básica de divisão administrativa, não existindo níveis intermédios entre o nível nacional e os conselhos locais. A seguinte lista está dividida por ilha:
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia de Malta
Malta tem um clima mediterrâneo, com invernos amenos, verões quentes e secos, e chuvas de 510 mm em média. Cerca de 40% da terra é cultivada, principalmente com trigo, batata, tomate e vinhas. O turismo é uma das principais fontes de renda.
Maquinaria, bebidas, tabaco, flores, vinhos, artigos de couro e batatas representam as principais exportações.
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia de Malta
Malta produz apenas 20% das reservas alimentares que consome, tem recursos de água potável limitados e nenhuma fonte de energia doméstica. Adivinha-se assim uma economia marcada pela dependência externa e de importações, sendo que a manufatura eletrônica e têxtil, e o turismo são as suas principais fontes de rendimento.
A preparação para a sua entrada na União Européia processou-se por trâmites relativos à privatização de empresas estatais e à liberalização da economia de mercado. O país permanece, contudo, dividido quanto à adesão à UE, já que a insistente crise econômica mundial tem atrasado o ritmo das exportações, turismo e crescimento geral.
A economia maltesa é baseada na indústria, no comércio e nos serviços financeiros que melhoram significativamente a economia do país. Malta tem grandes recursos tecnológicos. Assim, por estar localizada entre África e Europa, possui comércio de alto nível, com joalherias, bancos e restaurantes. As principais indústrias de Malta são a alimentícia, a eletrônica, a naval, a calçadista, a têxtil e a pesqueira, além de haver serviços financeiros na capital e nas principais cidades. A moeda oficial era a lira maltesa, até dezembro de 2007. O Euro foi adotado como moeda oficial do país em 1 de janeiro de 2008. Estima-se que o Euro fará com que a economia maltesa cresça 12% ao ano, superando as taxas de crescimento de China, Coréia do Sul e Índia, além disso, o governo tenta liberar a exploração e o refino do petróleo. Devido ao seu limitado tamanho (316 km²) o país não tem espaço suficiente para a agricultura, sendo obrigado a importar vários produtos agrícolas. A previsão é de que a economia maltesa cresça 7,8% em 2007.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia de Malta
A população de Malta está estimada em 399 867 pessoas que são, na sua grande maioria, habitantes das áreas urbanas. Etnicamente, 95% são naturais de Malta e os restantes são ingleses ou descendentes de italianos, além de alguns italianos e espanhóis. Malta é um dos países com maior densidade populacional do mundo, com cerca de 1,265 habitantes por quilómetro quadrado. As línguas oficiais são o inglês e o maltês.
Demografia de Malta, ano de 2005; Número de habitantes em milhares.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura de Malta
[editar] Malteses famosos
Os principais malteses famosos são:
Girolamo Abos (1715-1760) - compositor
Giuseppe Abos (1708-1776) - compositor
Eddie Fenech Adami (1934-) - primeiro-ministro, presidente (2004-)
Mario Azzopardi (1950-) - diretor
Agatha Barbara (1923-2002) - presidente
Paul Boffa (1890-1962) - primeiro-ministro
Joe Borg (1952-) - político
George Borg Olivier (1911-1980) - primeiro- ministro
Ruzar Briffa (1906-1963) - poeta
Francesco Buhagiar (1876-1934) - primeiro- ministro
Giuseppe Calì (1846-1930) - pintor
Charles Mario Camilleri (1931-) - compositor
Enrico Mizzi (1885-1950) - primeiro-ministro
Edwige Fenech (1948-) - atriz
Dom Mintoff (1916-) - político
F. V. Schira - compositor
Ira Losco - cantora
Immanuel Mifsud - autor
Joe Sacco (1960-) - cartonista
Michael Mifsud (1981-) - futebolista
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